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Documentário: o riso dos outros.


O riso dos outros é um documentário que o autor pretende discutir os limites do humor. Com isso, há diversas personalidades que debatem os prós e contras acerca do tema que já gerou diversas polêmicas.

Há a parcela dos entrevistados, em suma os comediantes, que classificam o ato de fazer humor um fim em si mesmo, abstendo-se de sua responsabilidade social e influência, e portanto, tem como o objetivo apenas fazer graça.

Além de de ressaltar que o riso sempre irá atacar um determinado grupo, e que o fazem em nome de sua liberdade de expressão, e que se o indivíduo faz parte de uma piada, ele deve aceitar.

Em contrapartida, há a parcela dos entrevistados, que configuram o ato de fazer piada como político, e de extrema responsabilidade social. Pois os comediantes que possuem popularidade, tem o poder de influenciar e tornarem-se formadores de opinião.

Ao deslocar essa ideia há um parâmetro internacional que nos mostra o histórico do humorista Charlie Hebdo, que, ao publicar um humor áspero referente ao islamismo, foi atacado e teve a perda de sua vida como consequência de suas decisões.

Em meio as manifestações o comediante/cartunista revelou: "prefiro morrer em pé do que viver de joelhos", assim fazendo uma apologia a liberdade de expressão sem qualquer tipo de restrição, em uma anarquia de ideias sem responsabilidade com as minorias e oprimidos.

A questão é a linha tênue em que a liberdade de expressão se choca com a responsabilidade social, de caráter ideológico e propulsor de preconceitos já estabelecidos em que a falta de limite de tal liberdade, pode gerar circunstâncias em que o comediante tem o poder de ressaltar os velhos e arcaicos preconceitos.

No entanto, ao formular uma piada que seja capaz de transgredir o sistema e provocar o riso é de extrema complexidade, e não há grandes formadores de opinião com talento e disposição para se transformar e cativar seu público.


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