Filme: A dama dourada

Título original: Woman In a Gold

Título nacional: A dama dourada.

Direção: Simon Curtis

Duração: 1h50 min

A Dama Dourada conta uma história muito interessante baseada em fatos reais sobre uma mulher austríaca e judia que mora nos Estados Unidos há mais de 50 anos, depois de ter fugido do seu país natal na época do nazismo. Ela luta para ter de volta um quadro de sua família, que foi apropriada pelo governo. Isso vira um problema porque o quadro é muito valioso e muito admirado pelo povo austríaco. Maria é uma mulher complicada e impaciente, mas consegue chamar a atenção de Randol, que se dedica a lhe ajudar nessa tarefa como advogado.

Muitas pessoas sabem o quanto me interesso por histórias a respeito da Segunda Guerra, e quando me indicaram esse filme, procurei assistir na mesma semana, principalmente por tratar-se de uma história real.

Imagina você, um advogado (Randol) com pouca experiência ser procurado por uma senhora (Maria Alfmann) que decide lutar por seus direitos e reaver um quadro (um dos mais famosos da Áustria) de sua família que foi furtado pelo governo durante o nazismo.

Para ter-se noção, o quadro era denominado "A Monalisa Austríaca", ou seja, para iniciar o processo Maria deveria realizar um depósito equivalente a parte do valor do quadro de 1,8 milhões de dólares, que Maria não possuía.

E, de acordo com o Direito internacional, todo aquele que comete um dano, deve repará-lo. Primeiramente, Maria queria deixar o quadro no museu, mas queria que houvesse o reconhecimento do roubo do quadro de sua família durante a guerra. Como isso não ocorreu, ela decidiu que queria o quadro de volta.

No decorrer da trama, percebemos que Randol de fato aposta todas as suas fichas no que Maria estava alegando, além de tudo, envolve-se emocionalmente com toda dor, com todo impacto que essa situação causou na vida da personagem. E inclusive, algumas cenas do passado e do presente são transmitidas e passamos a torcer para que absolutamente tudo dê certo.

Achei um filme interessante, profundo e emocionante, porque passei a me perguntar quantas coisas foram furtadas que não possuem um valor tão elevado quanto "A Dama Dourada", mas que faziam parte da história de uma família, ou até mesmo de um povo. É um filme quase que obrigatório para quem gosta de Artes, História e Direito.