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Os 13 porquês

Autor: Jay Asher

Editora: Ática

Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.

Com uma narrativa envolvente, os 13 porquês é aquele tipo de livro viciante. Clay Jenses não compreende absolutamente nada quando recebe uma caixa de sapato com sete fitas cassete cujo conteúdo é nada mais, nada menos do que uma história contada por Hannah Baker, uma garota de sua sala, que Clay era apaixonado e que cometeu suicídio no dia anterior.

Ao iniciar a história, Hannah explica a função de cada pessoa: repassar as fitas, porque cada um que foi citado, contribuiu de alguma maneira para que ela decidisse acabar com a própria vida. Mas, você pode se perguntar: - como as pessoas cumprirão com o pedido de Hannah se ela está morta? Então, logo no início, ela avisa que se as fitas não forem repassadas, ela já tomou todas as providências para que isso fosse divulgado na mídia (e de fato ela tomou as tais providências).

"[...] Ninguém sabe ao certo o impacto que tem na vida dos outros. Muitas vezes não tem noção. Mas forçamos a barra do mesmo jeito".

Conforme a narrativa vai acontecendo, passamos a sentir todas as emoções de Clay, e percebemos como pequenas atitudes que aparentemente são inocentes, como brincadeirinhas infantis fizeram com que a personagem se sentisse completamente inútil e que de fato não fazia parte desse mundo.

"[...] Respiro fundo. Conforme as histórias vão passando, uma atrás da outra, eu me sinto aliviado quando meu nome não é citado. Em seguida, vem o medo daquilo que ela não disse ainda, do que ela vai dizer quando chegar minha vez.

Porque a minha vez esta chegando. Eu sei. E quero que isso acabe. O que eu fiz pra você, Hannah?"

Sei que esse tema ainda é um tabu, que muitas pessoas criticam aqueles que tomam esse tipo de decisão, mas, acredito que é algo que não podemos simplesmente fingir que não acontece. De acordo com uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a cada 50 minutos uma pessoa comete suicídio.

Não podemos ignorar os sinais que pessoas que fazem parte de nossas vidas podem nos dar todos os dias, não podemos simplesmente achar que depressão é frescura, quando os dados estão aí para nos mostrar o que alguém é capaz de fazer quando encontra-se em uma situação desesperadora. Que sejamos a mola que impulsiona aqueles que nos cercam a sair do fundo do poço, não a areia movediça que os afunda cada vez mais.


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