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Documentário: O ato de matar.


O documentário "O ato de matar", de Joshua, relata a guerra ideológica entre a ditadura na Indonésia com os comunistas e estrangeiros. A narrativa do filme se faz por intermédio de um dos maiores torturadores, e em diversas cenas há uma simulação do ato de matar, em um nível de encenação para deflagrar a ilusão de arrependimento do mesmo. Pois há uma contradição constante no momento em que o protagonista fala a respeito da sua visão de mundo, e toma atitudes que evidenciam o quanto ele banaliza a morte.

Há uma cena chocante que causa repudio em qualquer indivíduo que tenha consciência dos direitos humanos, o protagonista está no ambiente onde se realizam os assassinatos e conta ao público que com o método antigo, tinham muito trabalho para limpar a sujeira gerada, por isso encontraram um novo método, o enforcamento por arame, em que a morte se torna mais rápida e portanto gera com menos sujeira, após relatar essa realidade medonha ele começa a dançar, o que expressa a satisfação dele ao relembrar este passado assombroso e que não há nenhum remorso entorno de seus atos.

O filme "The Look of Silence" é complementar ao primeiro, também produzido por Joshua, essa segunda obra conta a história de um rapaz que teve seu irmão assassinato por esses gângsters, e procura os participantes, que são seus vizinhos, para entrevistá-los e ver a reação dos mesmos.

As cenas demonstram o claro poder dos gângsters que ainda se instala no país. Contudo, um dos assassinos falam que o exército acreditava que isso teria de ser a "luta do povo", a conseqüência dessa propaganda contra os comunistas patrocinada pelos EUA, fez com que ocorresse mais de 1 milhão de mortes clandestinas com torturas advindas dos seus próprios vizinhos que compraram essa ideologia de repulsão aos comunistas.

A questão é se houve diversos crimes e atrocidades geradas, porque a Indonésia não é um dos países que é julgado por direitos humanos em Aya? A problemática que carrega tal impasse, vem de quem está por trás disso, os EUA. Eles detêm o poder de escolha, e os fazem para manter a sua soberania.


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