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Resenha sobre o livro Extraordinário.


Título: Extraordinário

Autora: R.J. Palacio

Editora: Intrínseca

Páginas: 207 (comprei uma edição de bolso)

Sinopse: August (Auggie) Pullman nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade...até agora.

Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Este livro me emocionou muito, pois, assim como O Pequeno Príncipe, eu creio que Extraordinário não foi escrito apenas para crianças, e, sim, para nos dar uma lição sobre superação, amor, gentileza, portas que se fecham, e a maneira como deveríamos tratar as pessoas todos os dias, apesar de todos os problemas.

Extraordinário é um livro narrado por August Pullman, alguns de seus familiares e amigos, como Olivia, ou Via, que é sua irmã, Summer, que torna-se sua grande amiga, Jack Will, seu amigo, Justin, seu cunhado, e por Miranda, amiga de infância da Via, que o considera como um irmão.

De início, August é levado a sua nova escola, para conhecer o Diretor, o Sr. Buzanfa. Apesar de estar relutante o tempo inteiro, Auggie conhece algumas crianças que lhe apresentarão a escola, e é aí que alguns problemas começam, porque, além de ensinar o funcionamento da escola, começamos a perceber, o quão maravilhoso, ou destrutivo o ser humano consegue ser em fração de segundos.

Este menino com uma coragem do tamanho do Universo decide que frequentará a escola, e, encontra pessoas que transformarão sua vida para sempre. Uma delas, é o Sr. Browne aquele típico professor que passa de um simples educador, a mestre, e ensinou aos alunos, algo chamado preceito, e lhes disse que significa “regras a respeito de coisas muito importantes”, e, em uma das lições, Auggie descreve sua percepção referente ao seguinte preceito:

- Seus feitos são seus monumentos

- “Esse preceito significa que deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. São como os monumentos que as pessoas erguem em honra dos heróis depois que eles morrem. Como as pirâmides que os egípcios construíram para homenagear os faraós. Só que, em vez de pedra, são feitas das lembranças que as pessoas têm de você. Por isso nossos feitos são nossos monumentos. Construídos com memórias em vez de pedra.” Pág.: 51

Auggie passou por situações complicadas, apesar de toda sua garra e determinação em levar sua vida como um garoto normal. Percebia que as pessoas olhavam mais de uma vez para ele, ou até assustavam-se com o seu rosto.

Uma observação: quando cheguei a esta parte, me fiz a seguinte pergunta:- De que maneira encaramos as pessoas que realmente são diferentes de nós? Aquelas que são descritas como alguém fora dos padrões de beleza ou estética?

Apesar de todas as adversidades enfrentadas por este menino de apenas dez anos, percebe-se que sempre haverá algumas pessoas que demonstram possuir praticamente uma “missão” de observar e criticar e apontar apenas suas “fraquezas”. Porém, há aqueles como a Summer, que colocam o caráter, o respeito, a amizade e o amor, acima de qualquer fraqueza.

Por todas as vezes que ouvimos um “não”, por todas as portas que se fecham, por todos os sonhos frustrados, por algumas luzes que às vezes insistem em não aparecerem no fim de alguns túneis, mas, também por todos os sonhos realizados, por toda gentileza, independentemente de quem seja, por todo abraço e acolhimento ao próximo sem esperar nada em troca, o que o Auggie disse, e que deveríamos experimentar pelo menos uma vez, é:

“Acho que deveria haver uma regra que determinasse que todas as pessoas do mundo tinham que ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida.” Pág. 155


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