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Para Sempre Alice


Título: Still Alice (Original)

Autora: Lisa Genova

Editora: Nova Fronteira

Páginas: 283

Fiquei sabendo sobre este livro quando estava navegando por aí e lendo alguns blogs sobre resenha, nisso, despertou minha curiosidade, e hoje descrevo a resenha deste livro realista, cruel e encantador. Espero que gostem.

Somos apresentados a Alice Howland, professora de psicologia cognitiva em Harvard, casada com John, cientista de sucesso, e seus filhos: Anna, Lydia e Tom. Alice é professora titular em Harvard, participa de congressos, conferências, porém, algo começa a ficar estranho, quando ela começa a ter pequenos lapsos de memória que atribui a sua vida atarefada e a uma possível menopausa.

Entretanto, Alice percebe que algo realmente estranho havia acontecido, quando em meio a uma corrida que fazia normalmente, ela esquece como voltar para casa. Então, resolve ir à sua médica para fazer um check-up apenas para desencargo de consciência, e, depois dos exames, Alice é encaminhada a um neurologista e é diagnosticada com Alzheimer de instalação precoce.

Para Sempre Alice é o primeiro livro de Lisa Genova, neurocientista que para explicar a doença, a autora trás algumas explicações científicas, e isto pode fazer com que as pessoas que não são muito fãs deste tipo de explicação possam achar o livro maçante. Porém, achei extremamente interessante este trecho que disse muito sobre o Alzheimer em poucas linhas.

“O bem estar de um neurônio depende de sua capacidade de se comunicar com outros. Os estudos têm demonstrado que a estimulação eletroquímica proveniente da ativação de um neurônio e de seus alvos sustenta processos celulares vitais. Os neurônios incapazes de se ligarem efetivamente a outros neurônios atrofiam-se. Sem utilidade, o neurônio abandonado morre.” Pág. 167

Após o diagnóstico, a doença parece avançar cada vez mais, fazendo com que Alice esqueça compromissos importantes, e com que uma agenda listando todos os seus compromissos não seja suficiente para fazer com que ela cumpra com todos os seus afazeres.

Sua família busca lidar com o Alzheimer da melhor maneira possível, mas o diagnóstico foi um verdadeiro choque, pois Alice era uma mulher independente e de muito prestígio no mundo acadêmico, e, saber que eles teriam que remodelar suas vidas e fazer com que a mãe, professora, esposa e avó recupere sua memória todos os dias, é algo bastante triste.

Este livro me tocou profundamente, porque temos a impressão que somente pessoas idosas (mais ou menos 80 anos) podem ser diagnosticadas com o Mal de Alzheimer em decorrência da idade. Porém, há casos como o da Alice que tem apenas 50 anos, que são mutações genéticas. Aprendi muito lendo esta obra, e consegui ter um pouco de noção do que uma pessoa com Alzheimer pode sentir com a seguinte fala da Alice:

“Meus ontens estão desaparecendo, e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente.[...] Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tenha importância.”

Este livro é um verdadeiro exemplo de como a força de vontade e a determinação podem ajudar a amenizar as dores de algo que não existe remédio.


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