Ame o Que é Seu.
Autora: Emily Giffin.
Título: Ame o Que é Seu.
Editora: Novo Conceito.
Confesso que esse livro ficou na minha estante por pelo menos três anos, porque não julguei o livro pela capa, mas pelo título, porque achava que ele era mais um “romancezinho” clichê. Quando terminei de ler, me surpreendi, pois a autora criou personagens que poderiam ser e
u, você, seu amigo, seu irmão, sua prima, sua mãe, seu vizinho. Então, antes de deixar de ler a resenha pelo título do livro, tira cinco minutinhos pra ler. Vem cá.
Ellen, fotógrafa, melhor amiga de Margot, sua companheira de quarto durante a universidade. Ellen preparava-se para mais um típico dia de serviço na agitada cidade de Nova York, até que ao atravessar um cruzamento, esbarra em Leo, seu ex namorado que há oito anos havia terminado o relacionamento com Ellen sem um aparente motivo, deixando-a desiludida e com o coração partido.
Como se não bastasse ser melhor amiga de Margot, Ellen havia casado com Andy, irmão da Margot. Andy é um típico cavalheiro, homem de caráter e que trata sua esposa como se fosse uma princesa, ou seja, eles não tinham um casamento aparentemente perfeito, ele era perfeito.
Diferente de seu esposo e sua cunhada que foram criados em famílias ricas, acostumados com outros valores, Ellen foi criada em uma família simples, e sua mãe faleceu quando ela tinha apenas 13 anos. Então, além dos questionamentos sobre Leo, Ellen questiona-se muitas vezes quais seriam os direcionamentos dados por sua mãe, se não tivesse falecido.
Emily Giffin foi bem detalhista em toda a história e achei isso interessante. O livro não possui grandes acontecimentos, mas trata-se de questionamentos do cotidiano, que qualquer pessoa já passou ou passará um dia. Quem nunca se perguntou “e se” eu tivesse ficado com o fulano (a), “e se” eu tivesse escolhido outra profissão. “e se” eu tivesse agido de outra forma diante daquela situação?
Mesmo com o casamento perfeito, o marido de seus sonhos, Ellen questiona-se o quanto seria válido seguir sua vida e deixar todos os problemas que aconteceram sem resposta.
Somos levados a refletir a forma com que estamos vivendo nossa vida, o quanto estamos valorizando as pessoas ao nosso redor ou se estamos simplesmente vivendo uma fantasia com aquilo que deveria ter sido, e muitas vezes esquecemos-nos de viver o presente.
