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Questões do coração.


Autora: Emily Giffin

Editora: Novo Conceito

Páginas: 431

Nota: 5/5

Sinopse: Emily Giffin, autora de “Ame o que é Seu”, novamente aborda o tema da infidelidade em seu romance contado em capítulos alternados pela esposa injustiçada e a outra mulher. Tessa Russo está comemorando seu aniversário de casamento, com seu belo marido, Nick, um cirurgião plástico pediátrico, quando seu pager toca. No hospital, ele conhece seu novo paciente, Charlie de 6 anos, que foi gravemente queimado enquanto brincava na casa do amigo. A mãe de Charlie, Valerie, uma advogada bem-sucedida, que criou Charlie sozinha, se sente culpada. Como Charlie passa por diversos enxertos e cirurgias para reparar os danos causados em seu rosto e mãos, Nick se aproxima de Valerie. Tessa, uma dona de casa que tem dúvidas sobre deixar sua profissão, reconhece o crescente distanciamento entre ela e Nick, mas não está certo sobre a quem atribuí-lo ou o que fazer sobre isso. O talento de Giffin reside em tornar seus personagens possíveis e referenciais, e os leitores irão se encantar por ambos.

Mais uma vez, quebrei a cara por ter julgado um livro pelo título. Questões do coração não é um livro de auto ajuda, é uma obra que nos faz refletir sobre assuntos discutidos em mesa de bar, que fazemos questão de ter aquela “velha opinião formada sobre tudo”. Porém, quando surgem problemas relacionados ao rumo de nossa vida, traição, amizade, família e carreira, qual é realmente o nosso posicionamento?

Tessa Russo é uma professora universitária, casada com Nick Russo, um cirurgião pediátrico, e, após o nascimento de seus filhos, Tessa decide que não lecionará mais, e irá dedicar-se a seus filhos e sua família. Tessa é uma mulher de personalidade forte, simples, e que aparentemente tem uma vida perfeita. Porém, o quê realmente é perfeição? Mais uma vez, depende do ponto de vista.

Valeria Anderson é advogada, mãe solteira, não acredita no amor, aparentemente é uma mulher decidida, inteligente, e experiente. Tem como melhor amigo apenas seu irmão gêmeo, e procura dar o melhor a seu filho Charlie, desde matrícula nas melhores escolas, até os exemplos para que seu filho faça o possível para ser uma boa pessoa.

Porém no decorrer da narrativa, somos apresentados a uma mulher cheia de inseguranças, com a auto-estima extremamente baixa, e que possui necessidade de se auto afirmar, que criou todos esses atributos para ser forte o suficiente e conseguir cumprir seu papel de mãe e pai, e ser alguém que Charlie pudesse se orgulhar.

Tá, mas você deve estar se perguntando: - o quê essas mulheres tem em comum? Até esse momento, NADA. Porém, Charlie sofre um acidente em uma festa de aniversário de seu amigo da escola, e acaba sendo necessário que ele faça algumas cirurgias, e, isso mesmo, Nick Russo é o médico que cuidará com todo amor e carinho de Charlie.

A partir de então, Nick e Valerie começam a se aproximar, e sim, acontece o que você está pensando, os dois começam a ter um caso, e todos aqueles questionamentos que iniciei a resenha começam a ser feitos. Nick sempre foi um homem aparentemente sério, não tinha muitas amizades, e em assuntos relacionados ao exercício da medicina, agia de maneira extremamente ética. Porém, a Tessa começa a indagar porque seu marido passou a deixar mais sua família de lado, a ser cada vez mais ausente, para dar uma atenção quase que exclusiva a um paciente que até alguns dias, ele não fazia ideia que existia?

“[...] Só sabia de uma coisa. Sabia que meu marido estava apaixonado por Valerie Anderson, a única mulher com quem fizera amizade a não ser eu. A mulher por quem saiu do trabalho no meio do dia para ir a escola que eu queria que ele visitasse durante meses. A mulher que ele conheceu em nosso aniversário de casamento. Naquela noite estrelada quando tudo começou. Na noite em que viu o rosto dela e de seu filho pela primeira vez, a noite em que, desde então, ele guardou e memorizou e, talvez até viera a amar.” – Tessa.

Esse livro me surpreendeu de uma forma positiva em absolutamente tudo, da maneira que os capítulos foram divididos, a descrição do turbilhão de emoções de todos os personagens, e em como é complicado resolver um problema quando envolve uma pessoa que realmente amamos. Ficou curioso (a)? É um livro grande, mas a Emily Giffin escreve tão bem, que nos dá vontade de lê-lo em um dia.

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