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Toda a verdade


Autor: David Baldacci

Editora: Arqueiro

Páginas: 304

Nota: 5/5

Sinopse: mesmo um nome próprio, ele nunca se importou com o fato de não saber se chegaria vivo ao fim do dia. Até agora. Envolvido com a alemã Anna Fischer, especialista em assuntos internacionais que trabalha para o Phoenix Group, em Londres, tudo o que Shaw quer é deixar essa vida para trás e se estabelecer tranquilamente ao lado da mulher que ama. Mas seus planos estão prestes a ser frustrados. Ao ver seus lucros diminuírem a cada mês, Nicholas Creel, dono da maior fornecedora de armamento militar do mundo, decide que é hora de provocar uma guerra. Para isso, contrata um especialista em manipular fatos e "criar a verdade". Juntos, eles lançam uma campanha de difamação contra o governo russo, cujos efeitos são bombásticos. Quando todos os outros países já estão preocupados com a nova Ameaça Vermelha, um sangrento ataque ao prédio do Phoenix Group aumenta ainda mais a tensão mundial. Em meio a tudo isso, Katie James, uma jornalista premiada que caiu em desgraça por causa do alcoolismo, tem acesso ao único sobrevivente do Massacre de Londres que pode lhe dar o furo capaz de mudar sua vida. Enquanto as peças desse quebra-cabeça se juntam, Shaw parece ter pouco tempo para desarticular essa rede de intrigas e impedir que tenha início um conflito capaz de acabar com o mundo como o conhecemos.

O que é a verdade? O que é a coisa certa? Em “Toda a Verdade”, somos inseridos em um tema extremamente interessante e atual. A internet é uma ótima ferramenta, mas como tudo, devemos ter muita cautela, porque sem que possamos perceber, somos manipulados e passamos disseminar informações, sem ter certeza de que aquele fato ocorreu. E David Baldacci nos insere nesse universo com uma narrativa fluida e cheia de reviravoltas.

Shaw é um agente secreto que possui algumas características peculiares: não se preocupa em como será o amanhã, muito menos se estará vivo. Entretanto, ele conhece Anna, uma mulher inteligente, questionadora, que faz com que ele tenha vontade de aposentar-se para levar uma vida um pouco mais sossegada.

Essa possibilidade torna-se impossível quando Nicholas Creel, dono da Ares Corporation, uma das maiores indústrias de armamentos, acredita que os seus lucros diminuíram, e chega à conclusão de que precisa “criar uma guerra”. Para isso, contrata um ator chamado Konstantin, que alega ter sido torturado pelo governo russo, e, esse vídeo é adicionado em uma “rede social”, fazendo com que o mundo inteiro se comova com a história.

Para completar seu plano, Creel promove um atentado ao Phoenix Group, uma empresa criada por chineses, e coloca um ator para convencer uma repórter chamada Katie James a escrever sobre o assunto. Katie ganhara vários prêmios, mas em decorrência do alcoolismo, não escreve nada além de obituários, e com essa matéria, enxerga uma possibilidade de voltar ao topo.

Quando Katie escreve a reportagem, tem apenas o intuito de fazer com que as pessoas se informem da melhor maneira possível. Entretanto, Katie foi apenas uma marionete no jogo de Nicolas e, ao invés de levar a verdade, faz com que a Rússia e a China comecem uma espécie de guerra fria, abrindo uma verdadeira “caixa de pandora”.

O responsável pela criação de todo esse cenário chama-se Dick Pender, um advogado especialista em algo chamado “gestão da percepção”, que consiste em nada mais do que “criar verdades”. Preste atenção, não se trata de mentiras, mas de criar histórias que parecem tão verdadeiras, que as pessoas não se dão ao trabalho de checar a veracidade das informações e os poucos que se questionam sobre a veracidade dos fatos, normalmente são mortos.

Em uma narrativa bem escrita, coesa, bem amarrada, com um final surpreendente e como disse anteriormente, extremamente atual, deixo o que considero um questionamento, descrito na capa do livro “Porque perder tempo descobrindo a verdade quando se pode criá-la? ”


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