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Feliz Ano Velho


Autor: Marcelo Rubens Paiva

Páginas: 272

Editora: Alfaguara

Feliz Ano Velho é o primeiro livro de Marcelo Rubens Paiva. Aos vinte anos, ele sobe em uma pedra e mergulha numa lagoa imitando o Tio Patinhas. A lagoa é rasa, ele esmigalha uma vértebra e perde os movimentos do corpo. Escrito com sentido de urgência, o livro relata as mudanças irreversíveis na vida do garoto a partir do acidente. Ele é transferido de um hospital a outro, enfrenta médicos reticentes, luta para conquistar pequenas reações do corpo. Aos poucos, se dá conta de sua nova realidade, irreversível. E entende que é preciso lutar. O texto expressa a irreverência e a determinação da juventude, mesmo na adversidade, e a compreensão precoce "de que o futuro é uma quantidade infinita de incertezas".



Você conhece alguém que vive a vida como se não houvesse amanhã? Se não, apresento-lhe Marcelo Rubens Paiva, um jovem inteligente e acima de tudo destemido. Entretanto, todo sua segurança se transforma quando em uma viagem ao interior de São Paulo poucos dias antes do Natal, Marcelo da um mergulho em um lago de meio metro de profundidade, e fratura a 6ª vértebra da coluna cervical.


Marcelo é estudante de Engenharia Agrônoma na Unicamp, e após o acidente fica na internado na UTI ( que ele denomina como ante-sala entre o céu e o inferno). Durante a internação, somos inseridos em uma narrativa que ocorre entre o presente e o passado, cheia de xingamentos, sarcasmo e muitas aventuras.


Há bastante apologia a sexo, drogas e durante vários momentos me peguei dando muita risada porque o protagonista é alguém literalmente sem pudor e "sem filtro". Algo que me deixou bastante confusa foi a quantidade de mulheres que ele já se relacionou, namorou, o que tornou complicado a identificação de alguns personagens (é sério).


Mas somos levados a uma parte delicada da vida de nosso protagonista que ao completar 12 anos, se vê sem seu alicerce, seu pai, ex deputado federal, Rubens Paiva, foi sequestrado e morto por agentes da ditadura militar, e hoje, aos vinte anos, não haviam dado qualquer explicação sobre a morte de Rubens Paiva.


Para resumir bastante a ópera: a obra é bastante fluida, e parece que o autor nos chama para conversar em um barzinho, porque além de abordar temas interessantes, somos levados a refletir que de fato, as melhores coisas dessa vida não são coisas.




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